Reprodução
O cantor paraense Gutto Xibatada, de 39 anos, faleceu no último dia 22 de abril em Belém após complicações graves decorrentes da monkeypox (Mpox). O artista, conhecido por misturar forró com letras que celebravam a cultura local, estava internado no Hospital Municipal Mário Pinotti e enfrentava a doença há cerca de um mês.
Como ocorreu o agravamento?
- Histórico de saúde: Gutto era asmático, condição que pode ter agravado o quadro.
- Sintomas: Desenvolveu bolhas generalizadas, perda de fala, visão e sensibilidade tátil. Nos últimos dias, teve dificuldade para se alimentar devido a obstruções no nariz e na boca.
- Falta de monitoramento: Familiares alegam que ele não recebeu aparelhos adequados porque as bolhas impediam a fixação de sensores.
Controvérsias no atendimento
A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) afirmou que o cantor foi atendido conforme protocolos, mas a família critica a assistência:
✔ Primeira internação: Recebeu medicação e orientação para isolamento.
✔ Segunda internação (22/04): Chegou ao hospital às 9h30 e morreu por volta das 17h, sem melhora.
✔ Justificativa oficial: A Sesma atribuiu o óbito a “comorbidades pré-existentes e infecções oportunistas”, mas a causa exata ainda está sob investigação.
Rastreamento de contatos
A Vigilância Epidemiológica de Belém monitorou pessoas próximas ao cantor, mas todas foram liberadas por não apresentarem sintomas.
Quem era Gutto Xibatada?
- Artista engajado: Suas músicas exaltavam a identidade paraense.
- Viagens recentes: Esteve no Rio de Janeiro e Bahia antes do agravamento da doença.
- Futuro interrompido: Completraria 40 anos no domingo (27).
Este caso reacende o alerta sobre a Mpox, especialmente em pacientes com condições pré-existentes. A doença, embora menos letal que a varíola tradicional, pode ter desfechos graves em grupos vulneráveis.