Foto: Piero CRUCIATTI / AFP
Em um momento marcado por simbolismo e emoção, o corpo do Papa Francisco foi sepultado neste sábado (26/4) na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, tornando-se o primeiro pontífice em 120 anos a ser enterrado fora do Vaticano desde o Papa Leão XIII (1903).
O caminho final do pontífice
- Cortejo fúnebre: O caixão de mármore branco da Ligúria percorreu as ruas de Roma por 30 minutos em um veículo parcialmente aberto, passando por marcos como o Coliseu.
- Homenagens populares: Cerca de 250 mil fiéis prestaram suas últimas homenagens durante os três dias de velório na Basílica de São Pedro.
- Simbologia franciscana: Um grupo de pessoas em situação de vulnerabilidade (incluindo migrantes, presos e transgêneros) recebeu o caixão com rosas brancas – tributo ao compromisso do papa com os marginalizados.
Cerimônia íntima e rica em tradição
A Missa das Exéquias, presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, reuniu 980 membros do clero e seguiu rituais ancestrais:
Quatro salmos cantados antes do sepultamento
Cinco intercessões solenes
Pai Nosso entoado coletivamente
O túmulo, localizado entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, próximo ao Altar de São Francisco, ostenta apenas:
- A inscrição “Franciscus”
- Uma réplica da cruz peitoral que usava
Legado de um papa revolucionário
Eleito em 13 de março de 2013, Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome Francisco para refletir sua devoção aos pobres e à simplicidade. Seu pontificado foi marcado por:
- Reformas na Igreja
- Diálogo inter-religioso
- Defesa dos excluídos
Com o início do Novendiali (nove dias de orações), fiéis de todo o mundo continuam a honrar sua memória. A Basílica de Santa Maria Maior, onde ele rezava antes de viagens importantes, torna-se agora seu descanso eterno.