O governo da região da Caxemira sob controle indiano iniciou a retirada de moradores de áreas consideradas de risco elevado, após uma escalada militar entre Índia e Paquistão. O vice-governador Manoj Sinha orientou autoridades distritais a transferirem os cidadãos para locais mais seguros, garantindo abrigo, alimentação e assistência médica aos deslocados, conforme anunciado em rede social oficial.
As medidas de evacuação ocorreram logo após ataques aéreos realizados pela Índia contra o que o país classificou como “infraestruturas terroristas” localizadas no território paquistanês e em áreas da Caxemira sob administração do Paquistão. A operação intensificou ainda mais as tensões entre as nações, reacendendo temores de um conflito armado de grandes proporções.
De acordo com a agência Reuters, ao menos 26 civis perderam a vida e 46 ficaram feridos após os bombardeios. O Paquistão, por sua vez, afirma ter reagido abatendo cinco aeronaves da Força Aérea Indiana e um drone, informação que não foi confirmada por Nova Déli. Já o exército indiano relata que três civis morreram em ataques paquistaneses nas regiões fronteiriças da Caxemira.
Moradores de vilarejos próximos às áreas atingidas relataram pânico e fuga repentina. Um residente de Shawai, na Caxemira paquistanesa, afirmou que bombas caíram próximas à sua casa, forçando sua família e vizinhos a abandonarem seus lares às pressas. Em Muridke, na província de Punjab, um drone teria atingido diretamente uma mesquita, destruindo-a por completo e deixando uma vítima fatal, segundo testemunhas locais.
A situação agravou-se com os relatos de bombardeios sobre casas e mesquitas, gerando um clima generalizado de medo. Moradores afirmam que centenas de pessoas estão se refugiando em campos e áreas abertas, tentando escapar da violência que tomou conta da fronteira entre os dois países.