A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, nesta quarta-feira (7), o Projeto de Lei 1892/2023, que institui o Dia da Cegonha Reborn no calendário oficial da cidade. A data será comemorada anualmente em 4 de setembro e agora aguarda a sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).
O projeto, de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), tem como objetivo reconhecer o trabalho das artesãs que produzem bonecas hiper-realistas conhecidas como “bebês reborns”. Segundo o parlamentar, essas bonecas têm papel terapêutico, auxiliando principalmente mulheres que enfrentam situações como depressão e luto.
Em publicação nas redes sociais, Vitor Hugo destacou que muitas dessas artesãs encontraram na criação dos reborns uma forma de superação pessoal, além de praticarem gestos solidários ao doar essas bonecas – que possuem alto valor de mercado – para crianças em situação de vulnerabilidade. Para ele, o trabalho dessas mulheres é exemplo de empatia, sensibilidade e amor ao próximo.
O que estabelece o projeto?
A proposta menciona um grupo de mulheres da Instituição Cegonha Reborn, que se reuniu em 4 de setembro de 2022 para reivindicar o reconhecimento da data. O projeto justifica que o artesanato dessas bonecas é feito com técnicas que reproduzem minuciosamente traços e detalhes de bebês reais, sendo as criadoras chamadas carinhosamente de “cegonhas”.
Ainda segundo o texto, o nascimento de um bebê costuma ser um marco emocional na vida de uma mulher, sentimento que também é vivenciado por quem se torna mãe de um reborn. Em muitos casos, o vínculo com essas bonecas se dá como forma de homenagear filhos falecidos ou como suporte emocional durante processos de luto e trauma.
O PL também menciona que, sob orientação profissional, os reborns são utilizados como recurso terapêutico por psicólogos em casos de perdas gestacionais ou neonatais, contribuindo para a reestruturação emocional de pais enlutados.