Foto: Reprodução/TV Globo
A brasileira Bárbara Zandômenico Perito tornou-se alvo de um escândalo internacional de difamação promovido por seu ex-namorado, o advogado e empresário italiano Nunzio Bevilacqua. O caso teve repercussão na imprensa da Itália, com acusações absurdas envolvendo rituais satânicos e extorsão por meio de gravidez planejada — acusações que ela nega veementemente.
Segundo a defesa da brasileira, o caso se trata de perseguição e calúnia, após Nunzio recusar-se a assumir a paternidade de uma filha nascida da relação entre os dois, que começou em 2021 em Santa Catarina, quando ele se matriculou como aluno de português em um curso dado por Bárbara. O relacionamento evoluiu e, após uma viagem pelo Brasil, ela descobriu a gravidez — inicialmente celebrada por Nunzio, que posteriormente retornou à Itália e passou a se afastar.
De romance à difamação pública
Em 2024, o caso ganhou notoriedade quando a RAI, principal emissora italiana, veiculou uma reportagem insinuando que Bárbara faria parte de uma organização criminosa que ilude homens estrangeiros por meio de falsas paternidades. A narrativa trazia teorias sem fundamento, incluindo alegações de rituais satânicos, “fábrica de crianças sobrenaturais” e extorsão por pensão.
Nunzio sustentou essas alegações em entrevistas à imprensa italiana, afirmando que a gravidez teria origem em ritos ocultistas, mesmo após um teste de DNA ter confirmado sua paternidade. Ele chegou a solicitar um segundo exame, que foi negado pela Justiça brasileira.
Repercussão jurídica e medidas protetivas
A Justiça Federal concedeu a Bárbara medidas protetivas que impedem o italiano de se aproximar dela ou da filha, além de proibi-lo de qualquer forma de contato. A decisão se dá no âmbito de um processo criminal por calúnia, difamação, perseguição e violência psicológica, todos praticados online.
A defesa da brasileira denuncia que Nunzio orquestrou uma campanha de desinformação envolvendo membros do Ministério Público, médicos, líderes religiosos e até familiares de Bárbara, criando uma narrativa que reforça estereótipos negativos sobre o Brasil.
Sem ajuda e sem reconhecimento
Mesmo após a confirmação da paternidade, Nunzio não reconhece oficialmente a filha e nunca prestou assistência financeira. Hoje com três anos, a menina vive com a mãe em Tubarão, onde Bárbara continua trabalhando como professora de português.
“Não faço parte de seita alguma. Não houve golpe. O que houve foi um relacionamento que gerou uma criança, que é real, saudável e vive aqui comigo. É isso que existe”, afirmou Bárbara, em entrevista ao programa Fantástico.